O que motiva uma pessoa a fazer uma tatuagem?Conheça as motivações emocionais, sociais e simbólicas.
Compreender a motivação por trás de uma tatuagem ajuda a entender por que, em alguns momentos da vida, essa mesma marca pode deixar de fazer sentido. A consciência muda e o corpo acompanha
Ivanise Stein
12/21/20253 min read


A decisão de fazer uma tatuagem raramente é apenas estética.
Na maioria das vezes, ela nasce de um movimento interno — consciente ou não — que busca expressão, pertencimento, sentido ou fechamento de ciclos.
Entender o que motiva alguém a tatuar o próprio corpo ajuda não apenas a compreender a tatuagem em si, mas também por que, em determinados momentos da vida, essa mesma marca pode deixar de fazer sentido.
Expressão de identidade
Uma das motivações mais comuns para fazer uma tatuagem é a expressão de identidade. A tatuagem funciona como uma extensão visível do “quem eu sou” naquele momento da vida. Ela pode afirmar personalidade, comunicar valores, expressar crenças ou simplesmente reforçar a sensação de singularidade.
A mensagem interna costuma ser simples:
“Isso sou eu.”
O ponto importante é que a identidade não é fixa. Ela evolui com o tempo, com as experiências e com a consciência. Por isso, tatuagens feitas para representar quem a pessoa era podem não acompanhar quem ela se torna.
Marcar momentos importantes
Muitas tatuagens surgem como marcos emocionais. Elas representam lutos, nascimentos, relacionamentos, superações, recomeços ou experiências espirituais profundas. Nesse caso, a tatuagem funciona como um registro simbólico — quase como um diário escrito na pele.
A motivação costuma ser:
“Isso representa uma fase importante da minha vida.”
O desafio aparece quando a fase passa, mas o símbolo permanece, exigindo que a pessoa reviva ou explique aquela história continuamente.
Pertencimento social
Especialmente comum na juventude, a tatuagem também pode estar ligada ao desejo de pertencimento. Pertencer a um grupo, sentir-se aceita, integrar uma estética ou se conectar a uma tribo cultural são motivações fortes, ainda que muitas vezes inconscientes.
A mensagem por trás costuma ser:
“Se eu tenho isso, eu faço parte.”
Esse tipo de motivação não é frágil — é humana. O problema surge quando o grupo muda, a estética perde força ou a identidade pessoal se distancia daquele pertencimento inicial.
Validação externa
Em alguns casos, a tatuagem nasce do desejo de ser vista, admirada, desejada ou de causar impacto. Ela se torna uma ferramenta de validação externa.
A motivação silenciosa pode ser:
“Agora vão me notar.”
Buscar reconhecimento não é algo negativo. No entanto, quando a validação vem mais de fora do que de dentro, o risco de arrependimento ou desconforto futuro tende a ser maior.
Impulso emocional
Algumas tatuagens são feitas em momentos de alta carga emocional: dor, raiva, términos, euforia ou crises existenciais. Nessas situações, a tatuagem surge como uma tentativa de dar forma imediata a algo que está difícil de sustentar internamente.
A sensação costuma ser:
“Eu precisava fazer algo agora.”
Essas tatuagens carregam emoção intensa, mas nem sempre amadurecida. Com o tempo, quando o estado emocional muda, o símbolo pode perder coerência.
Estética e moda
Nos últimos 15 a 20 anos, a tatuagem também se popularizou como elemento estético e de moda. Tendências visuais, estilos populares, influência das redes sociais e de celebridades contribuíram para essa expansão.
Aqui, a motivação é simples:
“Eu achei bonito.”
O ponto de atenção é que a estética muda rápido — e nem sempre a identidade acompanha essa velocidade.
Controle sobre o próprio corpo
Para muitas pessoas, tatuar-se é um ato de autonomia. Um gesto de retomada de poder sobre o próprio corpo, especialmente em histórias marcadas por controle excessivo, repressão, invalidação ou abuso.
A mensagem interna costuma ser forte:
“Meu corpo é meu.”
Nesse contexto, a tatuagem representa afirmação e soberania corporal, não apenas imagem.
Processo terapêutico
Há também quem utilize a tatuagem como ferramenta simbólica de cura. Ressignificar uma dor, transformar um trauma em símbolo ou marcar o encerramento de um ciclo são motivações profundas.
A ideia por trás é:
“Agora isso tem outro significado.”
Aqui, a tatuagem funciona como instrumento terapêutico emocional.
Construção de narrativa pessoal
Para algumas pessoas, a pele se transforma em uma narrativa visual da própria vida. Cada tatuagem representa uma fase, um momento, uma versão de si.
A motivação é:
“Minha pele conta a minha história.”
O conflito surge quando a pessoa não deseja mais contar essa história todos os dias — nem para si, nem para os outros.
Busca por sentido
Em momentos de vazio, transição ou desorientação, a tatuagem pode aparecer como tentativa de criar significado, ancorar a identidade ou dar sentido a algo que ainda está em formação.
A sensação interna costuma ser:
“Isso precisa significar algo.”
Um ponto essencial
Nenhuma dessas motivações é errada.
Todas fazem sentido dentro do contexto em que surgem.
O que muda é a pessoa.
E quando a consciência muda, o corpo começa a pedir coerência.
Entender por que uma tatuagem foi feita é o primeiro passo para compreender por que, em algum momento, ela pode deixar de representar quem se é hoje.
E isso não fala sobre erro.
Fala sobre evolução.
A tatuagem quase sempre faz sentido no momento em que é feita.
O que muda… é a pessoa ao longo do tempo, e está tudo bem mudar.
Reemuv é para quem mudou e decidiu deixar a pele acompanhar essa mudança.Remo
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